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Governo alemão e Comissão Europeia fecham acordo para resgate da Lufthansa

O acordo prevê que a gigante alemã do transporte aéreo ceda à concorrência oito aviões e os direitos de pouso e decolagem associados.

O governo alemão e a Comissão Europeia fecharam um acordo sobre o resgate da Lufthansa, informaram nesta sexta-feira uma porta-voz da Comissão e uma fonte ligada às negociações, em uma etapa crucial para a adoção do plano que deverá evitar a quebra da companhia aérea.

O acordo prevê que a gigante alemã do transporte aéreo ceda à concorrência oito aviões e os direitos de pouso e decolagem associados, detalhou a fonte, confirmando uma informação do jornal alemão “Handelsblatt”, o que seria menos do que o exigido inicialmente pelo Executivo europeu.

Esta semana, o conselho de supervisão da Lufthansa rejeitou a aprovação do plano de resgate de 9 bilhões de euros, que prevê tornar o Estado o maior acionista do grupo, por considerar que as condições impostas pela Comissão Europeia “levariam a um enfraquecimento” da empresa.

A Comissão havia pedido que a Lufthansa cedesse até 20 aviões e as faixas de horário de pouso e aterrissagem (“slots”), direitos muito cobiçados pelas companhias aéreas.

Segundo o Handelsblatt, o acordo entre Berlim e Bruxelas, que o grupo poderia aprovar a partir de segunda-feira, estabelece que a Lufthansa ceda 24 slots. Se der seu aval, o conselho de supervisão terá que convocar uma assembleia geral extraordinária de acionistas, que também terão que aprovar o resgate, uma vez que o mesmo envolve um aumento de capital.

O resgate prevê que o Estado forme uma participação acionária de 20% no grupo por 300 milhões de euros, além de injetar 5,7 bilhões de euros de fundos sem direito a voto, dos quais 1 bilhão podem se converter em ações. Seria o primeiro retorno do Estado ao capital da companhia aérea desde a sua privatização, em 1997.

A companhia aérea Ryanair anunciou esta semana que deseja impugnar o plano de resgate perante a Justiça europeia, por considerar que o mesmo irá prejudicar a concorrência.

Fonte: Isto é Dinheiro

Publicado emEconômiaMundo

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